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Wilmington na Costa da Carolina do Norte

por Anderson Kaiser
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Wilmington é uma cidade costeira da Carolina do Norte que merece receber uma visita se você estiver na região. Com um calçadão e uma vista fantástica, o local merece uma parada e uma visita ao USS North Carolina.

Wilmington é uma cidade portuária, na verdade e foi construída em torno do Rio “Cape Fear River“. Seu centro histórico possui um “calçadão” de mais de 1 milha construído para ser um passeio turístico na margem do rio. Os habitantes vivem em “vilas” entre o rio e o mar, com algumas comunidades próximas e uma distância de aproximadamente 20 / 30 minutos da praia.

Wilington fica à 132 milhas (210 Km) da capital – Raleigh – e é uma viagem relativamente curta, que pode ser feita em aproximadamente 2 Horas de carro, saindo da capital.

O centro histórico de Wilington é daquele tipo bem pequeno, mas ao mesmo tempo bem organizado. São poucas atrações para se conhecer e elas não ficam necessariamente próximas uma das outras. É interessante dar uma volta pelas ruas do centro para verificar alguns marcos históricos e algumas praças ao redor.

North Fort Street

O que não pode faltar em sua visita até Wilmington é um passeio pela “N Fort Street“. Esta é uma das ruas que ficam bem próximas à “Water Street” – onde você terá o calçadão margeando o Cape Fear River e também onde fica a Base da Guarda Costeira na cidade. Destaque para a vista que você tem na Water St., que é um ótimo lugar para se passear e observar a paisagem.

wilmington waterst

Ainda na Water St., você irá encontrar um deck para prática de caminhadas, poderá tirar fotos das duas margens e da bela vista que o local proporciona e também visitar algum comércio local próximo e algumas sorveterias do outro lado da rua.

A foto abaixo foi uma tentativa de capturar a vista da rua, mas não ficou tão boa quanto eu gostaria.

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Mas o forte do comércio desta região não está na verdade nesta rua (Water St.). O que nos leva de volta para a Fort Street. É nela que você encontrará uma grande variedade de comercio, desde roupas, jóias e antiguidades, até uma boa quantidade de restaurantes. Na verdade, a impressão que se tem é que todo o comércio gastronômico da região esta presente na Fort Street e nas ruas laterais.

De fast-food à restaurantes mais requintados, terá de tudo nesta região da cidade. Poderá escolher entre uma fatia de pizza, comida mexicana, um belo steak de carne  e uma infinidade de outros pratos e sabores, com restaurantes exóticos e com algumas cozinhas típicas da região. Sorveterias também não faltam por todo o local.

Esta é uma região que as pessoas vão para aproveitar o fim de semana, passear com a família para fazer uma refeição diferente e também algumas compras. Ao final, terminar o dia com um passeio pela margem do rio e tomando um sorvete.

wilmington water street deck

Minha visita à esta região de Wilminton ocorreu quase no fim da tarde, horário em que o local já estava começando a sua “vida noturna” e a receber muito mais pessoas. Mas o movimento, mesmo aos finais de semana, é bem tranquilo e não é difícil de se conseguir um lugar em qualquer um dos restaurantes.

O que me levou de fato à Wilmington, não foi necessariamente ir conhecer este “centrinho”. Visitá-lo foi uma consequência de minha ida à uma outra atração muito mais conhecida e que atrai, essa sim, uma grande quantidade de pessoas à região:

USS North Carolina Battleship

Um pouquinho de história antes: O USS North Carolina foi o mais novo navio de batalha americano (na época) a entrar em serviço durante a Segunda Guerra Mundial, e participou de todas as ofensivas militares no Pacifico. Suas 15 estrelas de batalha fizeram dele o navio de batalha americano mais condecorado da Segunda Guerra. Hoje ele se tornou um navio-museu e memorial no porto de Wilmington na Carolina do Norte.

ussnc wilmington

Conhecer parte da história da Segunda Guerra Mundia é algo bem interessante, estando dentro de um navio que participou deste evento histórico, torna a visita algo mais fantástico ainda.

Ao chegar ao USS NC – Battleship, você compra um ingresso de US$ 14.00 (preço que paguei com adulto, mas existem outros valores para idosos, crianças etc) e passa pelo museu do navio antes de ter acesso diretamente à ele. Para ter mais informações sobre localização, preços e horários, é recomendado acessar o site Battleship North Carolina.

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Entrada do Museu – Vista de dentro do Navio

Este museu conta a história da construção do navio, como ele foi montado e colocado ao mar, mostra alguns itens que eram utilizados na época, como as roupas de todos os marinheiros, soldados, cozinheiros, alto comando etc.

Também temos acesso à história dele durante as batalhas na Segunda Guerra, como ele participou de cada uma delas, quais foram as datas, os acontecimentos e os fatos relacionados à ele durante os combates.

Após a visita à este museu, uma rampa nos da acesso de fato ao navio. Eu fui em um dia de muito calor (considerando-se que estava no meio do verão americano) e assim que você sai do museu, acabou qualquer tipo de cobertura ou climatização. O navio é todo descoberto (pelo menos em suas áreas externas), portanto vá preparado para enfrentar sol, chuva ou qualquer outra adversidade climática. Deixando o exagero de lado, ele realmente não tem uma área coberta em seu deck e mesmo as áreas internas do navio possuem apenas ventilação comum (ventiladores).

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O navio está completo e, apesar de ter virado um museu, nada dele foi retirado. Tudo está ali à mostra como quando ele ainda estava ativo e em batalha. As armas no deck, todas acessíveis, onde você pode interagir com elas, tirar fotos, sentar nos canhões e ver como era o sistema de disparo e mira utilizado na ocasião.

O navio foi todo reformado e pintado para ser deixado como museu e memorial da guerra, mas algumas partes dele foram deixadas como eram, demonstrando que apesar da grandiosidade, não existia nenhum conforto para a tripulação.

Corredores estreitos, camas de ferro com colchões praticamente inexistentes e postos de vigilância sem nenhuma ventilação ou assento. Claro que este não era um navio de cruzeiro, era um navio feito para a guerra, mas isso te faz ter uma ideia de quão desconfortável era estar ali. Somado à isso o fato de se estar no meio do oceano, apenas com água por todos os lados, sempre alerta pois estava constantemente à eminência de um combate, você terá noção de como deveria ser o fator psicológico de um soldado.

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Filosofia à parte, vamos voltar ao navio em si. Fora do navio é possível ver as armas em uso naquela época. Mas é também de fora do navio que se tem uma bela vista de Wilmington.

O navio fica na margem oposta ao centro histórico. Ou seja, se andando pela Fort St ou Water St você consegue avistar o navio de fundo (como pode-se ver nas fotos que adicionei ao inicio do post), desse lado da margem você tem uma visão fantástica da margem, do calçadão da guarda-costeira e do centro histórico da cidade.

Por estar em um ponto um pouco mais alto na margem, já fora da água, você tem uma vista completa dos arredores.

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Do deck, você encontrará diversas entradas para o interior do navio, e é ai que você começa a ver a grandiosidade dele, pois se por fora ele já demonstra sua imponência, é acessando seu interior que você tem noção da magnitude dele. Contando a partir do deck, ele tem 3 ou 4 “andares” (ou lances de escadas) para cima, e mais 3 lances para baixo.

Por dentro ele parece uma cidade, com seus corredores estreitos, mas com uma série de compartimentos que acolhiam milhares de pessoas de uma só vez em períodos de guerra.

Quando se fala desse tipo de compartimentos em um navio, logo se imagina dormitórios, refeitórios e banheiros para acomodar todos os soldados. Mas, eu pelo menos, nunca tinha parado para pensar no que mais poderia ter. É óbvio que em período de meses de guerra, as pessoas vivem no navio e precisam de uma série de facilidades ou serviços necessários.

Alguns dos serviços eu imaginava que existia, mas nunca tinha me dado conta do tamanho deles dentro de um navio, ainda mais de guerra. Eram enormes as galerias destinadas à lavanderia (lavar, secar e passar as roupas), correios (inclusive com uma agência de distribuição dentro do navio), confecção de roupas e sapataria (onde alguns item eram consertados, mas outros eram também fabricados).

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Agencia dos Correios dentro do Navio

E, por ser um navio de guerra, claro que não poderia faltar um andar todo dedicado à armamentos e balas. todos os calibres possíveis estavam ali, para serem utilizados. Desde armas de pequeno porte até as balas e torpedos utilizadas nos canhões do navio.

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Foto um pouco desfocada pois a sala era escura.

O último andar (descendo) era dedicado à sala de máquinas e de operações. Motores, engrenagens, caldeiras e todo tipo de maquinário que fazia o navio andar e ter energia estava disposto no ultimo andar.

O interessante é que de todas as salas, equipamentos e itens, a grande maioria estava ali para ser tocado, sentido, manuseado. Eram poucas as salas totalmente fechadas (algumas especiais com algunas mostras específicas) ou com algum tipo de proteção ou isoladas.

Alguns equipamentos estavam protegidos, mas desses, tinha-se a impressão que ainda funcionavam e estavam ali ligados e prontos para  serem usados em uma eventual batalha. Sala de radar, sala de navegação, todos com equipamentos aparentemente funcionais ainda.

É impossível descrever em detalhes a dimensão de tudo, pois é um labirinto de salas e exposições que te levam para outras salas e assim por diante. Mas o que foi feito para que você não se perca ou ande em círculos foi algo bem interessante. Existe apenas uma entrada para essas áreas, e uma saída. E desde o momento que se entra, você é guido por setas e placas indicando onde deve-se passar. A organização foi feita de uma forma que ao entrar você passa por todas as salas, desce em todos os andares, visita cada galeria e exposição e ao final sobe novamente para o deck pela saída sem deixar de ver nada.

Resumo

Viajar para Wilmington é rápido e é algo que se pode fazer em um dia. Saí de Raleigh por volta de 10:00 da manhã, cheguei próximo ao horário do almoço e fiz uma refeição rápida. Já fui direto para o navio e no total, acredito que conhecendo todo o navio, visitando tudo com calma e aproveitando bastante todas as informações e galerias, levei uma 3 a 4 horas dentro. Ao sair atravessei o rio e fui para a outra margem conhecer o centro histórico e a rua do comércio. Onde, agora sim, terminei o dia com uma refeição mais reforçada e pude conhecer um pouco o local antes de dirigir de volta para a capital.

Como no verão os dias costumam ser bem longos, e começa a escurecer por volta das 8 / 9 da noite na Carolina do Norte, quando cheguei à Raleigh ainda estava um dia claro para aproveitar a cidade e ir em algum local próximo como uma praça e terminar o dia em um pub ou restaurante da região.

Com um pouco mais de tempo, é possível conhecer alguns dos prédios históricos de Wilmington. Chegando um pouco mais cedo é possível ter mais disponibilidade de explorar os arredores e parar para algumas compras no local também. Eu fui com um tempo um pouco mais limitado, mas aproveitei bastante o meu dia na região.

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3 comentários

Dayana 02/04/2017 - 12:05 pm

Deve ser muito emocionante entrer num navio desses… a Marinha Americana me encanta demais por toda a tradição e firmeza que passa.

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Viajante Comum 02/04/2017 - 10:45 am

Interessante conhecer toda a estrutura interna né? Como você disse, um labirinto mesmo! Bom saber de novos passeios!

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Itamar Japa 01/04/2017 - 11:52 am

Que interessante a cidade. Confesso que não tinha ouvido falar até então. Estou conhecendo através do seu blog! 🙂

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